segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Algumas dicas para melhorar sus fotos com câmeras digitais compactas



Na terça-feira (07/08) será dado início à feira PhotoImage Brasil, em São Paulo, apresentando os principais lançamentos do mundo da fotografia digital. Máquinas ultrapotentes e equipamentos profissionais estarão nos estandes. Mas esses equipamentos evoluídos em nada servem se o usuário não tiver certo conhecimento e domínio sobre a fotografia digital.Algumas dicas simples podem ajudar as pessoas a descobrir que, muitas vezes o problema não está em adquirir um melhor equipamento, mas sim em dominar seus recursos.As câmeras compactas, dessas que vemos aos montes em lojas especializadas, supermercados e laboratórios de revelação, podem gerar fotos muito boas, basta acertar suas configurações.

Muitas vezes esquecemos que uma foto, tanto digital como em filme, é essencialmente luz. Compreender a cena, ajustar a câmera para absorver a luminosidade, obtendo o efeito esperado e o “olho” do fotógrafo, são os principais ingredientes para uma boa foto. Uma frase do fotógrafo Cartier Bresson ilustra bem essa relação: "Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração".Confira cinco dicas para ajudar a melhorar a qualidade das suas fotos.


  • Regulando o ISO: O International Standards Organization (ISO), ou Organização Internacional de Padrões, nada mais é que a medida da velocidade do filme. O número ISO está relacionado à quantidade de luz a ser capturada, para situações com muita luz utiliza-se o ISO 100, para se fotografar em dias nublados, o recomendado é o 400. Quanto menor o valor do ISO, maior é a quantidade de luz que ele necessita. Quanto maior o número do ISO, maiores são os grãos de prata, no caso dos filmes. Por essa relação, quanto maior o valor do ISO, menor a quantidade de luz necessária, por conseqüência é menor também a qualidade da imagem. Essa relação se mantém nas câmeras digitais.A maioria das máquinas digitais compactas opera com a seleção automática do ISO, mas isso pode ser alterado. Ao se indicar um local com maior ou menor luminosidade, a câmera ajusta automaticamente o ISO. Muitas vezes isso pode prejudicar a qualidade da foto. Se num dia de sol, o objeto “apontado” estiver à sombra de uma árvore, por exemplo, o ISO seria regulado para uma condição de pouca luz, estourando a luminosidade no restante da foto. O resultado seria uma daquelas fotos esbranquiçadas. O ideal é regular o ISO manualmente durante o dia, deixando a seleção automática para a noite ou lugares fechados, com pouca luminosidade.

  • Balanço de branco: Este é um outro recurso que pode ser decisivo na qualidade da foto. O balanço de branco das máquinas compactas também é automático. Na maioria das câmeras o usuário pode optar entre várias “condições de luz”. Alterando essas configurações podem ser obtidas cores mais quentes, sombras mais definidas. O seletor do balanço de branco, que influi diretamente na entrada de luz, é regulado apontando o centro do quadro para um ponto na imagem, quando ativado o modo automático.Em uma foto onde três pessoas estão abraçadas, se uma delas estiver com uma roupa branca e o centro estiver apontado para ela, toda a foto será regulada pelo balanço de branco daquele ponto, o que resultaria muitas vezes em uma menor entrada de luz, escurecendo o restante da foto.

  • Fotos noturnas e flash: Quem já não passou pela experiência de tirar fotos com rostos muito brancos, testas brilhantes e olhos vermelhos? Esses são erros freqüentes que podem ser amenizados. A maioria das máquinas compactas conta com uma regulagem da potência do flash, normalmente em três níveis. Ajustar essa potência, diminuindo-a para o menor valor em retratos de pessoas ou objetos mais próximos pode ajudar.Se por acaso a foto for tirada durante a noite com o flash desligado - isso é possível desativando o modo automático - a máquina levará mais tempo para processar a imagem. Em fotos de objetos estáticos, como letreiros, prédios e algumas paisagens, essa função pode render ótimas fotos. Mas é preciso ficar atento. Nossa mão treme muito, nessas situações, caso a pessoa não consiga reduzir com as mãos o efeito trêmulo, apoiar a máquina em alguma superfície e ativar o disparador automático é uma boa tática. Outro modo de funcionamento semelhante é o que associa retrato e paisagens noturnas. Nestes uma pessoa ou cena num primeiro plano, e uma paisagem em segundo plano serão fotografadas à noite. Neste modo o flash é disparado, registrando a pessoa no momento em que a luz chega a ela, mas a máquina continua processando a imagem após o flash, registrando a paisagem ao fundo. Nestes casos, tremer um pouco pode ocasionar efeitos muito interessantes, constantemente utilizados por fotógrafos em casas noturnas e shows.

  • Formato de saída: A maioria das máquinas compactas permite que você escolha o formato de saída, isto é, o tipo de arquivo digital que será gerado. Normalmente as opções são JPEG, TIFF ou em máquinas mais avançadas o RAW. O JPEG é o formato mais comprimido, ou seja, muita informação se perde para gerar um arquivo que ocupe menos espaço. Isso reduz bastante a qualidade final da imagem.Contudo é preciso avaliar a finalidade das fotos, pois se elas forem exibidas somente no computador, em sites ou no Flickr, o formato JPEG vai realizar bem o serviço. Mas se as fotos forem impressas, é indicado o uso de formatos com menos compressão, como o TIFF e o RAW. Esses formatos geram arquivos mais pesados, mais com mais informação de cor, resultando em melhores ampliações.O formato RAW geralmente está disponível em câmeras profissionais. Ele grava o arquivo da maneira como é capturado pelo sensor, quase sem compressão. Outro formato que trabalha da mesma maneira é o DNG (Digital Negative), do editor de imagens Photoshop CS2.

  • Cuidados na ampliação: É importante tomar alguns cuidados quando levar suas fotos em um laboratório. Normalmente os laboratórios realizam uma pós-edição dos arquivos, que você deve fazer utilizando algum editor como Photoshop, por exemplo, para melhorar os resultados das imagens.O problema é que os laboratoristas podem alterar muito suas fotos, balanceando branco, cores e adicionando alguns efeitos que, em tese, melhorariam suas imagens. Isso resultaria em estragos em algumas fotos, pois a pessoa do laboratório não sabe qual foi sua intenção. Muitas vezes um contraste mais acentuado, feito propositalmente, pode ser interpretado como um erro, levando o tratador a regular a luz no editor.O ideal é que o laboratorista seja orientado a ampliar os arquivos da maneira como eles estão, não alterando nada nas imagens. Essa é a única maneira de suas fotos serem ampliadas da maneira como você as tirou.

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Juiz de Fora (MG), Brazil
O Coletivo Fotográfico faz parte do Laboratório de jornalismo Gráfico e Visual da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora e responde por uma série de projetos de pesquisa e extensão no campo da fotografia e do design de jornais e revistas